17 dezembro, 2011

Aplicações para Mobile Learning: Algumas experiências...

Share

O Mobile Learning é um dos temas que mais tenho estudado e seguido nos últimos tempos. A mobilidade e o acesso à informação que os dispositivos móveis permitem, tem despertado o meu interesse em explorar esta modalidade de ensino num futuro próximo. Este interesse já foi, inclusive, bem representado num artigo que publiquei intitulado As universidades portuguesas devem implementar estratégias de mobile learning. Porquê e como!
Mas recentemente tive a oportunidade de ser aluno num módulo de aprendizagem sobre Mobile Learning. Foi uma experiência muito enriquecedora, pois finalmente fui confrontado com actividades educativas desenvolvidas para dispositivos móveis, nomeadamente smartphones (tenho um Optimus Boston com Android). Resultado desta experiência de aprendizagem, ganhei um ideia mais concreta sobre aplicações e necessidades específicas que esta modalidade de ensino exige. De seguida, apresento algumas aplicações que utilizei acompanhadas com algumas reflexões pessoais.

MLE-Moodle
htttp://mle.sourceforge.net/
Como os LMS (ainda) são os centros onde se desenvolvem as principais actividades educativas online, sendo o Moodle uma forte referência mundial, é natural que exista o interesse em disponibilizar o seu acesso para dispositivos móveis. Uma das soluções que tive a oportunidade de usar foi o Mobile Learning Engine Moodle.
O MLE-Moodle é um plug-in fácil de se instalar, mas que infelizmente não funciona para o Moodle 2.0. Apesar desta limitação, o plug-in funciona muito bem e permite o acesso a uma plataforma Moodle através do browser de um smartphone ou através de uma app (existem versões específicas para diferentes modelos e marcas). Infelizmente não existia uma app disponível para o meu Optimus Boston e por isso não tive a possibilidade de testar a navegação via app.
Interface App

Interface Mobile browser













Mais screenshots disponíveis no site.


O acesso através do browser (recomendo a utilização do Opera-Mini) permite uma navegação tranquila (quem utiliza o Moodle, consegue facilmente reconhecer a estrutura dos cursos e actividades). Todas as actividades e recursos estão disponíveis na versão mobile, o que é uma mais-valia.
No entanto, os fóruns desiludem um pouco! Os posts não estão encadeados e é difícil reconhecer como a discussão se desenrola (quem responde a quem). Não há um editor de texto e o campo para inserir texto é minúsculo, o que dificulta a leitura do texto quando estamos a escrever. Por fim, os ícones ainda são muito "retro" e mereciam um design mais actual.
Apesar destes downsides, a experiência de utilização é positiva e recomendo a sua instalação.

MoBlog
http://moblog.net/home/
Acho o MoBlog um serviço interessante para mobile blogging: permite upload de fotos, áudio e vídeo, os posts em texto são fáceis de editar (a caixa de texto é bem maior que o mle-moodle) e é fácil consultar os comentários de outros utilizadores.
Apesar de ser um serviço interessante, o MoBlog é altamente instável! Muitas vezes fui confrontado com erros de servidor e serviço offline, o que me frustrou bastante, não me dando a confiança necessária na sua utilização para actividades que pretenda desenvolver no futuro. Se sentir que estes problemas serão resolvidos, então mudo de ideias, porque o conceito até é bastante interessante.
Tutorial sobre Moblog:


A utilização de portfolios mobile é uma das vertentes que pretendo explorar, pois permitem aos alunos terem os seus espaços pessoais onde registam o seu processo de aprendizagem, através de posts em texto ou através de micro-recursos áudio e vídeo.
Aliás, descobri recentemente um website muito interessante sobre mobile portfolios, da autoria da Helen Barrett (@eportfolios), que traduz muito bem as possibilidades educativas destes tipo de espaços de partilha de experiências de aprendizagem:

03 dezembro, 2011

QR codes e Mobile Learning: Uma combinação possível?

Share


Com o surgimento de novos dispositivos móveis multi funcionais (smartphones e tablets), têm surgido novas formas de acesso e partilha de informação. Os QR (Quick Response) codes são um exemplo, com relativo impacto, destas novas formas de acesso a conteúdos Web, a partir de objectos reais.


Embora tenham sido desenvolvidos nos anos 90, por uma empresa pertencente ao Grupo Toyota - Denso Wave- para acompanhar veículos durante o processo de montagem em fábrica, a sua capacidade de alojamento de informação e a sua rápida leitura desencadeou um interesse crescente nos últimos anos.
Numa era em que a mobilidade dos cidadãos invoca uma crescente necessidade de acesso rápido e personalizado à informação na Web, os QR codes têm sido adoptados como um novo método de divulgação de informação acessível através de dispositivos móveis com câmaras digitais e ligação a redes de banda larga. Por permitirem o acesso rápido e no local a conteúdo online, os QR codes tem sido utilizados como ferramentas de marketing inovador.
Como exemplo das possibilidades que os QR codes oferecem como instrumentos de marketing empresarial ou pessoal, aconselho a visualização do seguinte vídeo:





De facto, a utilização do QRcode para marketing tem sido um fenómeno recente, mas exponencial, muito associado à crescente adopção de dispositivos móveis por parte da população mundial. O seguinte blogpost revela algumas das mais engenhosas campanhas de marketing, utilizando QR codes:
50–COUNT ‘EM, 50!–CREATIVE USES OF QR CODES

Os QR codes são um exemplo claríssimo das novas formas de comunicação que têm vindo a surgir com a revolução mobile que temos presenciado nos últimos anos (ler "A revolução mobile chegou - Estamos prontos para ela?). Mas o meu interesse em QR codes está mais direccionado na sua utilização como artefacto de apoio à aprendizagem, nomeadamente em contextos de mobile-learning. 


05 novembro, 2011

Os primeiros passos em e-Research!

Share

Iniciei recentemente num dos maiores desafios académicos que fui alguma vez confrontado: aprender a realizar Investigação em contexto online (e-Research). Nunca realizei investigação "à séria" (apenas produzi alguns artigos como estudo) e por isso sinto-me um pouco nervoso, pois não tenho sólidos conceitos e metodologias sobre esta matéria. Mas como gosto de desafios e quero desenvolver competências nesta área, pois pretendo realizar investigação no futuro, em paralelo com a produção de conteúdos (a minha zona de conforto), acredito que a disciplina Metodologia de Investigação em Contexto Online, administrada pela Prof.ª Dr.ª Alda Pereira, será uma experiência de aprendizagem muito enriquecedora.


Com o início da disciplina, fui confrontado com o processo de investigação.
Que etapas envolvem este processo, que métodos a utilizar e como analisar criticamente relatórios de investigação?
Antes de responder a estas questões, tive que ganhar uma noção mais consistente sobre o que realmente é a Investigação em contexto online. Ao estudar a bibliografia recomendada, desenvolvi a seguinte ideia:
A investigação e um estudo detalhado de um caso com intuito de descobrir nova informação ou alcançar uma compreensão sobre o mesmo. A função da investigação "não é necessariamente mapear e conquistar o mundo, mas sim sofisticar a sua contemplação". (Stake, p.58)
Os diversos modelos de investigação podem dividir-se, de um modo geral, em investigação qualitativa, quantitativa e mista; o primeiro paradigma baseia-se na recolha de dados qualitativos, ou seja, rico em pormenores descritivos relativos a locais, pessoas e conversas, sendo os seus resultados apresentados sob a forma de relatório narrativo com descrições contextuais. O segundo paradigma baseia-se na recolha de dados quantitativos (ex: questionários de resposta fechada), sendo as suas conclusões normalmente apresentadas sob a forma de relatórios estatísticos. Quanto à investigação mista, envolve ambos os paradigmas, qualitativo e quantitativo, e pode ser mais ou menos influenciada por cada um deles.
Mas o que define a qualidade de uma investigação? Embora existam diferenças entre a investigação qualitativa e a quantitativa, a qualidade é um denominador comum. Existem características importantes a considerar (Anderson, Kanuka, p.3):
  • A investigação deve ser relevante, pois relata problemas de interesse para o investigador, a comunidade e outros públicos interessados.
  • É focada em encontrar soluções para um problema , mas acaba por despertar novas discussões e pesquisas.
  • É sistémica e devidamente estruturada.
  • É transparente permitindo aos leitores uma clara compreensão do caso.
  • Deve ser disponibilizada ao público para que possa ser um artefacto de estudo para outros.
Mas como desenvolver investigação de qualidade em contexto online? Sendo a Internet um medium tão importante para disseminação de informação, é óbvio que há uma mudança na forma como a investigação se desenvolve. Um investigador "necessita de adquirir uma atitude crítica perante ferramentas tecnológicas e a vontade de observar o mundo através de novas lentes tecnológicas e comunicacionais." (Anderson, Kanuka, p.1).

30 outubro, 2011

Twittar para Aprender - Reflexão Final para AVA

Share

Ao longo das últimas 4 semanas dedicada ao módulo de aprendizagem sobre o Twitter, da disciplina AVA, fui confrontado com o desafio de reflectir sobre o Twitter como uma ferramenta de aprendizagem tão efectiva. Não direi que é a ferramenta absoluta para a Educação mas, devido às suas características, o Twitter pode ser um componente importante de uma infra-estrutura tecno-pedagógica que gostaria de explorar no futuro.
Embora já seja um utilizador experiente, estas quatro semanas de aprendizagem colaborativa confirmaram a minha ideia sobre esta ferramenta/serviço web: O Twitter é um Ambiente Virtual de Aprendizagem muito versátil e eficaz, nomeadamente para a partilha de informação dentro de uma comunidade de aprendizagem
Mas como comprovar esta ideia?
Passo a apresentar alguns dos argumentos que reforçam esta ideia:
  • Facilidade de utilização e Interoperabilidade:
Devido à sua natureza minimalista (a começar pelos 140 caracteres disponível por tweet), o Twitter tem uma curva de aprendizagem muito rápida. Quem começa a utilizar, compreende rapidamente o seu funcionamento passado alguns dias. Publicar um tweet é tão fácil como escrever uma frases com 140 caracteres ou carregar num botão "Tweet this", disponível em qualquer página web. Este procedimento simplista de publicação de informação é um dos aspectos-chave do sucesso do Twitter. Os utilizadores (pelo menos aqueles que já têm o hábito de partilhar informação) descobrem no Twitter um canal de publicação de informação muito eficaz.
Para além da sua facilidade de utilização, o Twitter tem outra grande vantagem que permite a sua rápida adopção como ferramenta de aprendizagem: a sua interoperabilidade. Sendo um serviço online, funciona através de qualquer browser e sistema operativo. Sendo um sistema aberto, permite o desenvolvimento de softwares e webwares para a sua gestão, permitindo ao utilizador qual melhor se adapta às suas necessidades. Por ser simplista, o seu funcionamento é tão eficaz num computador, como num dispositivo móvel, permitindo a sua utilização "anywhere, anytime".
O próprio Tim O´Reilly reforça estes aspectos como argumentos para justificar a sua "adoração" pelo Twitter num artigo muito interessante: http://radar.oreilly.com/2008/11/why-i-like-twitter.html

  • Mecanismos eficazes de acesso à informação:
Com o surgimento do fenómeno da Web 2.0, a informação partilhada no ciberespaço cresceu de forma incrível. A possibilidade de encontrar informação específica sobre um tema tornou-se uma realidade, criando a necessidade de refinar processos de pesquisa e acesso a informação. Devido à sua crescente adopção por milhões de utilizadores em todos o Mundo, o Twitter tornou-se numa plataforma de publicação de informação por excelência.
A existência de pessoas, profissionais, empresas, serviços e canais de media a nutrirem o mais variado tipo de informação, permite que cada utilizador possa encontrar e filtrar a informação que pretende. As próprias funcionalidades do Twitter  ajudam esse processo de acesso e filtragem de informação, seja por hashtags (facilitando a pesquisa por termos específicos), seja através de lists (permitindo criar sub-canais de utilizadores por temas) e até a possibilidade "Who to follow" (onde são recomendados utilizadores com interesses próximos aos nossos). A própria evolução do  Twitter tem vindo a refinar estes processos de acesso personalizado de informação. É por isso que é uma ferramenta tão importante para aprendizagem, seja formal ou informal.
Como exemplo desta vantagem, partilho a seguinte apresentação, criada por MinXuan Lee, onde é reforçada a importância do Twitter como ferramenta por excelência de acesso a informação:


14 outubro, 2011

A importância das Listas do Twitter para gestão de informação...e alguns Gurus do eLearning!

Share

Na sequência das actividades da disciplina Ambientes Virtuais de Aprendizagem, foi proposta criação de uma rede de aprendizagem constituída por utilizadores do Twitter. Essa rede de contactos deveria ser estruturada através de uma lista (list), funcionalidade muito útil para gestão da informação existente no Twitter.
Com este desafio em mente, tomei a iniciativa de ir pouco mais além do que simplesmente criar uma lista. Decidi que, para além de criar uma lista pessoal de "gurus" do elearning, ia criar uma vídeo onde explicava aos colegas a importância das listas para a gestão da informação (mais uma vez relembro-me da analogia de Tom Barret, que compara o Twitter a um rio), a qual tinha realçada por eles como um dos principais desafios na utilização do Twitter.
O seguinte vídeo é o resultado dessa ideia:


Como poderão ter observado, a listas no Twitter são, de facto, uma importante ajuda, desde que devidamente organizadas e geridas por outros serviços, tais como o HootSuite


Tendo anteriormente criado listas de utilizadores relacionados com vários temas (http://twitter.com/#!/hugodom/lists), foi complicado criar uma nova lista de profissionais relacionados com o eLearning:

09 outubro, 2011

Olhó o Passarinho….Azul de 140 caracteres?

Share


Sempre fui um curioso por novas tecnologias. Não porque queira experimentar tudo por lazer, mas porque gosto de descobrir a ferramenta certa para determinados trabalhos e projectos que tenho em mente.
Numa altura que os blogues ainda eram as principais plataformas de partilha de informação, (antes do boom das redes sociais) a única forma de compilar e gerir diferentes fontes de informação era a utilização de um agregador de feeds RSS. Utilizei vários para seguir os meus blogues favoritos e foi através da consulta diária dessas notícias, que fui surpreendido por um nome muito estranho que dominava a blogosfera: Twitter…

Twitter? O que é isso? Um serviço de Micro-blogging em que se pode apenas escrever 140 caracteres de cada vez? Hummm….estranho! Que passarinho azul raro é este? 



Vesti o meu colete de David Attenbrorogh e decidi investigar esta ave rara que cativava a atenção de toda a blogosfera. Comecei por consultar e compilar vários artigos sobre esta espécie rara através do Diigo, onde criei uma lista de hyperlinks específica ao Twitter: http://www.diigo.com/list/hugodomingos/twitter 


Desses primeiros artigos, um cativou a minha atenção:
"Twitter – A Teaching and Learning Tool" (http://tbarrett.edublogs.org/2008/03/29/twitter-a-teaching-and-learning-tool/). Recomendo a leitura deste artigo de Tom Barret (@tombarrett) a todos os iniciados e curiosos pelo Twitter. A forma como explica o funcionamento deste serviço e as suas potencialidades para a Educação, tornam-o uma referência sobre o tema.


E assim comecei a compreender a anatomia do passarinho azul: Uma plataforma de micro-blogging que permite a interacção directa com outros utilizadores. Basicamente, é um serviço de publicação de informação (à semelhança de um blogue) só que limitado a 140 caracteres. 
Mas o que se pode fazer com 140 caracteres? Parece ser bastante redutor, mas na verdade, até tem muitas vantagens: permite sermos directos e concisos nas mensagens que enviamos (tweets), publicar blogposts e outros recursos disponíveis na web (youtube, slideshare, etc…), re-divulgar links de outros users (retweet) e comentar mensagens de outros utilizadores (através de reply). Mas o mais interessante é que seguimos pessoas reais e não só blogs. Há um carácter pessoal na forma como as pessoas publicavam mensagens, que diferencia este serviço de outros, nomeadamente dos blogs.



20 junho, 2011

A Identidade Virtual e a Autenticidade e Transparência no Ciberespaço.

Share

Com o surgimento de um ciberespaço dinâmico onde milhões de pessoas partilham informação, desenvolvem relações pessoais e criam os seus próprios espaços de expressão individual, é relevante reflectir sobre estas acções. Numa época em que à distância de um clique acedemos a informação que pretendemos, cabe-nos ter uma consciência sobre o que tomamos por garantido nesse ciberespaço.
Será a informação realmente autêntica? Serão as pessoas e identidades autênticas? Como analisar essa autenticidade? Pela sua transparência ou autenticidade? E como decifrar comportamentos?
São muitas as questões que surgem quando nos desafiamos a pensar sobre a "Verdade na Web". Irei, neste post, reflectir sobre alguns destes aspectos, nomeadamente sobre a identidade, a autenticidade e transparência. 

No Mundo real existe um representação inequívoca do Eu, pois o nosso corpo fornece uma materialização da nossa personalidade e identidade. A norma é: um corpo, uma identidade. Está ali uma pessoa. Embora essa identidade possa ser mutável e complexa durante os anos, a nossa personalidade e sentimentos estão expressos no nosso corpo. No ciberespaço é diferente, pois a nossa identidade é representada por informação, e não por matéria física. A informação espalha-se e é difundida. Os habitantes desse ciberespaço são difusos, livres do seu corpo. Criam uma identidade digital - persona - que se enquadra num contexto, ou vários, existentes no ciberespaço. Seja uma comunidade de jogadores online, uma rede social, uma comunidade de aprendizagem ou até um fórum online, poderemos encontrar as mais variadas personas. Inclusive, uma pessoa pode ter várias representações de si própria no ciberespaço, personificados em alter-egos da sua personalidade. 

Se a identidade é a representação de quem somos, isto é, aquilo que nos define como seres humanos, mais propriamente como pessoas; também é o que nós vemos, o que pensamos e o que os outros vêem em nós. Mas isso não a torna sempre autêntica, pois podemos manipular o que os outros vêem em nós e o que nós queremos ver em nós mesmos. Podemos desde já perceber que o conceito de identidade pessoal é bastante complexo. Há várias abordagens na forma como as pessoas se representam no ciberespaço, ora adoptando uma abordagem autêntica do seu Eu ou personificando um alter-ego, uma representação imaginária de si próprio. Estas diferentes abordagens são visíveis em todo o ciberespaço, mas existe uma comunidade em concreto, em que a criação de uma identidade digital ganhou mais destaque: Second Life.

Exemplos de diferentes abordagens na criação de um identidade digital, neste mundo virtual em concreto identificadas como avatares, poderão ser observadas no seguinte vídeo, trailer do documentário de 2011 "Life 2.0".






16 maio, 2011

Cibercultura do Séc.XXI - Uma reflexão...

Share

A conceptualização de Cibercultura, descrita no livro "Cibercultura" de P.Lévy, é um manifesto, ele próprio um artefacto cultural, que "retrata as implicações culturais do desenvolvimento das tecnologias da informação e da comunicação de suporte digital". O ênfase centra-se na atitude geral da civilização moderna face ao progresso dessas tecnologias, a virtualização/digitalização da informação e na sua influência sobre os aspectos sociais e culturais da civilização.
Ao retratar a Cibercultura como um "conjunto das técnicas (materiais e intelectuais), as práticas, as atitudes, as maneiras de pensar e os valores que se desenvolvem conjuntamente com o crescimento do ciberespaço" (p.17), Lévy reforça a distinção deste novo paradigma cultural altamente influenciado pela Internet (meio tecnológico), pela digitalização da informação (novos formatos de partilha de informação) e na forma como as pessoas se apropriaram desses artefactos para desenvolverem novas formas de interacção e expressão individual, seja de forma criativa, informativa, pedagógica ou lúdica. 
Todas as facetas da cultura moderna ou foram transformadas ou adaptadas por esta revolução tecnológica. Mas mais relevante foi o surgimento de novas formas de expressão cultural que nunca antes teriam sido possíveis, ou manifestadas com tanta intensidade como agora. A cibercultura é uma nova “ecologia do conhecimento”, onde a virtualização funciona como uma extensão do potencial humano. O virtual não substitui o real, complementa-o, dando-lhe uma nova dimensão que se traduz na possibilidade de conseguir interligar todas as pessoas de forma multidireccional (comunicação de todos para todos), cujo único mediador é o computador. O computador cujo "centro está em toda a parte e cuja circunferência não existe, um computador hipertextual, vivo, pululante, inacabado: o próprio ciberespaço". (p.47)

11 abril, 2011

A Revolução Mobile chegou! Estamos prontos para ela?

Share

No passado dia 1 de Abril, tive o enorme prazer de ser convidado como orador no VII Seminário e-learning da TecMinho, no qual tive a possibilidade de apresentar as minhas ideias e visão sobre as possibilidades do mobile learning para o Ensino e Formação Profissional.
Sendo o mobile learning uma das modalidades de ensino que mais atenção tem cativado por parte das instituições de ensino e empresas, decidi converter a minha apresentação num desafio à plateia, daí o título da minha apresentação ser: A Revolução Mobile chegou! Estamos prontos para ela?

A minha principal preocupação foi a utilização de fontes seguras de informação que me permitissem argumentar sobre a existência de uma revolução tecnológica em curso e que as vantagens na implementação de estratégias de mobile learning são reais, existindo estudos e projectos que comprovam isso mesmo.
Como exemplos, referencio 3 projectos que a empresa Avanzo - eLearning solutions (onde desempenho funções de Instructional Designer) onde forma produzidos conteúdos para formação corporativa, já compatíveis com os novos dispositivos móveis.


O seminário permitiu uma discussão muito interessante sobre o elearning e é de louvar iniciativas como esta. Ainda tive a oportunidade de ser entrevistado no final do seminário, onde pude partilhar a minha opinião sobre o seminário (Especial obrigado ao António Cunha). Update - Vídeo Youtbe




Por fim, gostaria de agradecer à Ana Silva DiasCoordenadora do Centro de eLearning da TecMinho/Universidade do Minho, pelo convite e faço votos de um futuro seguro e de sucesso à TecMinho.

27 março, 2011

As universidades portuguesas devem implementar estratégias de mobile learning. Porquê e como! (Artigo + Podcast)

Share


Na sequência na minha Reflexão sobre o Ensino a Distância para 2011, tenho analisado as possibilidades educativas que o mobile learning pode trazer ao Ensino a Distância, nomeadamente para as universidades portuguesas.

Com o intuito de provar que o mobile learning é uma modalidade de ensino a ser considerado pela universidades portuguesas, elaborei um artigo onde retrato a realidade nacional e lanço o desafio às universidades.

Nota do autor: Poderá ler o artigo ou ouvir o podcast.Ambos os recursos estão disponíveis para download e é promovida a sua disseminação.

View more documents from Hugo Domingos